Raspberry PI
Raspberry Pi é um computador de baixo custo e que tem o tamanho de um cartão de crédito desenvolvido no Reino Unido pela Fundação Raspberry Pi. Para usá-lo, basta plugar um teclado e um mouse padrão a ele e conectar tudo isso a um monitor ou a uma televisão. Os modelos custam entre US$ 25 e US$ 35.
A função básica do gadget é oferecer uma alternativa barata, prática e acessível para que pessoas de várias idades possam explorar todas as capacidades da computação. Além disso, também visa facilitar a aprendizagem de programação em linguagens como Scratch e Python.
Sobretudo, apesar do tamanho diminuto e das feições pouco convencionais, o Raspberry Pi é um computador como outro qualquer. Isso quer dizer que ele pode servir para navegação na internet, reprodução de conteúdo multimídia, criação de conteúdo em forma de texto, planilhas e imagens e, é claro, para jogos.
Incentivo à programação
Em 2006, os membros do Laboratório de Computação da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, Eben Upton, Rob Mullins, Jack Lang e Alan Mycroft pensaram em um jeito de interromper o declínio gradual do interesse dos estudantes por ciência da computação no país.
Diferente do cenário dos anos 1990, quando era comum ver crianças de alguma forma envolvidas e interessadas neste tipo de atividade, os anos 2000 marcaram um refreamento nesse sentido. A base disso, acreditava o quarteto, estava em problemas nas grades curriculares nos cursos de computação e também em um novo panorama tecnológico com o qual os jovens passaram a ter contato.
A expansão da internet, o foco na criação de páginas para web nos cursos de programação e também os consoles e PCs de ponta substituindo as máquinas clássicas (para a qual eles deveriam programar) na hora da jogatina foram os principais pontos levantados por eles.
Apesar de reconhecer as dificuldades que tinham pela frente ao identificar problemas curriculares nas instituições de ensino e ainda uma nova dinâmica de mercado com a expansão da web, eles resolveram colocar a mão na massa. Então surgiu a ideia de criar um dispositivo barato e pequeno para que jovens e adolescentes (mas não somente eles) pudessem explorar a computação.
Os primeiros passos
Entre 2006 e 2008, o quarteto desenvolveu diversos protótipos baseados no microcontrolador Atmel ATmega644, que serviria de base para o Raspberry Pi como conhecemos hoje. A expansão dos dispositivos móveis também ajudou, pois a partir de 2008 já foi possível ter acesso a processadores menores, mais potentes e completos do que se tinha até então.
Naquele ano, era fundada a Fundação Raspberry Pi, uma organização sem fins lucrativos para que o desenvolvimento de um computador de placa única barato e acessível pudesse realmente acontecer. Três anos depois da criação da Fundação, o primeiro modelo começava a ser fabricado em massa.
Pequeno notável
Depois do ano de 2011 repleto de experimentos e foco no desenvolvimento, o ano seguinte marcaria a estreia do gadget no mercado. A partir de fevereiro de 2012, a Fundação Raspberry Pi começa a aceitar pedidos do seu primeiro modelo, o Raspberry Pi Model A.
Custando US$ 25 (algo em torno de R$ 80 nos dias de hoje em conversão simples), ele contava com um System-on-chip Broadcom BCM2835 (com CPU, GPU, SDRAM, DSP e uma porta USB), além de 256 MB de RAM e processador ARM single-core de 700 MHz. O armazenamento do gadget ficava por conta de uma entrada para cartão com suporte para os formatos SD, MMC e SDIO.
De lá para cá, cinco modelos já foram lançados: Model A+, Model B, Model B+, o Compute Module e, por fim, o Generation 2 Model B. Mais recente de todos, a segunda geração do gadget foi lançada em fevereiro de 2015 pelo preço de US$ 35 (valor próximo a R$ 110).
O gadget vem com uma entrada MicroSDHC para cartão de memória, traz uma CPU ARM Cortex-A7 quad-core de 900 MHz e conta com 1 GB de memória RAM compartilhada. Além disso, conta com quatro portas USB 2.0.